quinta-feira, 30 de dezembro de 2010


Foi uma partida dolorosa, foi uma partida que me matou, foi uma partida que me deixou meses sem reagir, perguntavam-me se estava bem e eu dizia ‘ sim estou’ mas no entanto não estava, eu não ia dizer que não estava, não me apetecia ser interrogada, não me apetecia enlouquecer e ter que ser arrogante, passavas por mim e eu tentava nem olhar, passavas por mim e eu tentava mostrar-te que me eras indiferente, partias-me o coração só com um olhar, apetecia-me abraçar-te mas não o podia fazer, só um ‘olá’ teu já me chegava, rompia logo um sorriso, mas nada, nem um ‘olá’ tu me dizias, o que mais doeu sabes o que foi? Não teres falado comigo acerca do que se passava, eu ia perceber, o que mais doeu foi aquilo que me chamaste, sabes como reagi? CHOREI, GRITEI e até fiquei chateada com a minha melhor amiga, por instantes nem ela sabia o que fazer, uma noite que para mim foi um PESADELO, eu mal dormi, eu mal sonhei, eu mal fechei os olhos, eu mal falava, precisava que cá estivesses e tu nem perto estavas.
Eu esperei 4 meses por ti, sempre achei que nada te iria fazer voltar, sempre achei que estava tudo perdido, sempre achei que quando voltasse a estar perto de ti voltaria a chorar e a não conseguir olhar para ti, sei que nunca me quiseste magoar, sei que tu sabes que erraste, eu sei que tu sabes que eu sei que também errei, é mesmo para atrapalhar pois andei atrapalhada, mal e a não conseguir dormir bem 4 meses, 4 meses que pareciam 4 anos.
Eu percebi nesses 4 meses que sem ti não há um verdadeiro sorriso, percebi que sem ti não sei o que fazer, percebi que sem ti não há palavras possíveis, sei que contigo dá para falar de tudo, eu sei, tu sabes, nós sabemos, eles sabem, no entanto todos sabem o que me és, o que me proporcionas e o quanto me fazes feliz, desta vez eu prometo não te deixar fugir, promete-me apenas que quando algu te atormentar vais falar comigo.