sábado, 4 de setembro de 2010


Quando dei por mim estava a relembrar o teu rosto, os teus olhos, os dias a gozar contigo, as coisas otárias que dizias, a tua maneira de ser, esse coração mole mas muito frio, podias ser um velho parvo, ter mil e trezentos defeitos mas lá no fundo eu amava-te, quando tu cá estavas era tudo muito mais fácil, mais simples e mais claro, quando alguma coisa estava mal tu estavas lá para melhorar, quando eu precisava de alguma coisa tu estavas pronto a dar-me isso tudo, quando tu tomas-te a iniciativa de te envenenares eu nem liguei, borrifei-me para o assunto e fui ter com os meus amigos, depois no hospital as lágrimas corrias pela face, a vontade de ficares bom e de te voltar a abraçar crescia, eu estava pronta para te levar para casa e tomar conta de ti, mas o destino deu-te outra vida, outro rumo e assim tive de aceitar que não te iria ver mais, quando recebi a noticia as lágrimas escorriam, o coração batia e até o meu pai chorava, foi a primeira vez que o vi a chorar, chorar daquela maneira, rapidamente eu tive de ir embora desta casa não podia ver nada nem ouvir falar de ti que desatava a chorar, sempre que ouvia a palavra avô eu chorava, eu tremia e o meu coração batia mais forte que nunca, foi difícil ver-te partir e não puder fazer nada, contigo era tudo mais fácil e simples, eu nunca me vou esquecer de ti, és eterno no meu coração e a ti não é um adeus é um até já, porque de ti tenho memórias tão boas, sorrisos tão bons, dias tão brilhantes, parvoíces tão queridas e porque é só a ti que chamo 'avô', eu amei-te, amo-te e vou-te amar para o resto da minha vida, até já.
Marcas-te, marcas e vais ficar sempre aqui marcado, amo-te !

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